A grande dama de Champagne!
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- Categoria: a história do vinho
Uma mulher moderna e elegante, cujas atitudes e estilo sempre lembravam o bom e velho ditado “menos é mais”. Assim foi Elisabeth Bollinger (1899-1977), uma das mulheres que entraram para a história do mundo do vinho!
Seu nome de solteira era Elisabeth Law de Lauriston-Boubers, até casar-se, em 1923. Ela tinha 24 anos, e seu marido, Jacques Bollinger, 29.
Ele era neto de Josep Jacob, que um século antes desse casamento, em 1829, havia fundado uma maison, em Champagne.
E ela, neta de um banqueiro escocês, abraçou com paixão a vida na França, a região de Champagne, e os vinhedos administrados por seu agora marido.
Com o matrimônio, passou a se chamar Elisabeth Lauriston Bollinger, mas era conhecida como Sra. Jacques em Champagne, e era chamada de tia Lily pela família. Entrou para a história como Lily Bollinger, ou Madame Bollinger.
Ao ficar viúva, aos 42 anos de idade, assumiu as rédeas da empresa, deixada pelo marido, sem hesitar. Vale lembrar que estamos falando no ano de 1941...
Agiu com bravura e com firmeza mesmo diante das dificuldades que Champagne viveu durante a 2ª Guerra Mundial, com a ocupação alemã.
Durante 30 anos, até 1971, ela esteve à frente dos negócios. Feminina e forte, elegante e determinada, soube conduzir a famosa empresa produtora de vinhos, equilibrando tradição e modernidade.
Ficou para a posteridade sua imagem andando de bicicleta pelas vinhas e estradas da região. Ela era tão conhecida por esse hábito, que ganhou de presente, ao completar 70 anos, um selim de couro de crocodilo, produzido pela famosa marca Hermès, gravado com as iniciais LLB, de Lily Lauriston Bollinger, que ela usou com sua característica discrição e simplicidade, e que hoje encontra-se em exposição.
Ficou para a posteridade, também, uma resposta sua dada durante uma entrevista ao London Daily Mail, em 1961. Diante da pergunta “Quando você bebe Champagne?”, Lily Bollinger mostrou toda a sua graça:
“Eu bebo Champagne quando eu estou feliz e quando eu estou triste. Às vezes eu bebo quando eu estou sozinha. Quando tenho companhia, considero obrigatório. Dou uma bicadinha quando estou sem fome, e bebo quando estou com fome. Se não for assim, eu nunca nem toco no Champagne, a não ser que eu esteja com sede.”
Era ou não era uma espirituosa dama?
Para ler essa e outras célebres frases a respeito de Champagne, clique aqui.
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